Por que fazer vigilia?
Por que fazer vigília?
Nos evangelhos (Mt. 26, 36-46 / Mc. 14, 32-42 e Lc. 22, 39-46) onde são narrados a angústia suprema, percebemos Jesus chamando a atenção dos três discípulos para permanecerem num estado de vigilância, para não caírem em tentação. E o que é vigiar? É permanecer em estado de alerta, em estado de atenção.
O Santo Padre, Papa Francisco em sua catequese de quarta-feira, dia 24/Abril, disse que “estamos vivendo o tempo que está entre a primeira e a última vinda de Cristo. O Esposo é o Senhor, e o tempo de espera da sua chegada é o tempo que Ele nos presenteia, a todos nós, com misericórdia e paciência, antes da sua vinda final. É o tempo de vigilância: de manter acesas as lâmpadas da fé, da esperança e da caridade e de ter aberto o coração para o bem, para a beleza e para a verdade; tempo de viver segundo Deus. Temos que fazer de tudo para não dormirmos, porque a vida dos cristãos adormecidos é uma vida triste”.
No parágrafo 1036 do Catecismo vemos o seguinte: “As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja acerca do Inferno são um chamado à responsabilidade com a qual o homem deve usar de sua liberdade em vista de seu destino eterno. Constituem também um apelo insistente à conversão: Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que entram por ele. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à vida. E poucos são os que o encontram" (Mt 7,13-14): Como desconhecemos o dia e a hora, conforme a advertência do Senhor, vigiemos constantemente para que, terminado o único curso de nossa vida terrestre, possamos entrar com ele para as bodas e mereçamos ser contados entre os benditos, e não sejamos, como servos maus e preguiçosos, obrigados a ir para o fogo eterno, para as trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.”
Muitos dizem não conseguir fazer uma vigília, pelo fato de ser muito sacrifício e com isso acabam se esquecendo que essa vigilância, esse combate, pressupõe sempre um esforço de nossa parte. Também no CIC 2725, lemos o seguinte:”A oração é um dom da graça e uma resposta decidida da nossa parte. Supõe sempre um esforço. Os grandes orantes da Antiga Aliança antes de Cristo, como Maria Santíssima, nos ensinam que a oração é um combate. Contra quem? Contra nós mesmos e contra o tentador.”
Em vigília e oração, em comunhão com Deus (CIC 2799), combatemos e vencemos e essa vitória tanto almejada e sonhada por nós, só é possível pela vigilância e oração constante (CIC 2849).
E quem já esteve em vigília pode confirmar; é um esforço que vale muito a pena. Pois além de ser um momento maravilhoso com nosso Deus, é também um momento de alegria com os irmãos e as irmãs.
E fique alerta para a próxima vigília: A Vigília de Pentecostes, dia 17 de Maio no Centro de Eventos Pedro Bortolosso.
Deus os abençoe!
Silvia Helena
Coordenação de Formação da Região Bonfim