Preguiça e Diligência
Após o pecado ter entrado na nossa história, Deus impôs ao homem “a lei severa e redentora do trabalho”, como disse Paulo VI.
“Comeráso teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes á terra de que foste tirado(...).”(Gen 3,19)
A partir da tragédia do pecado, o trabalho passou a ser um veículo redentor para o homem, além de ser o meio pelo qual ele é chamado a ser cooperador de Deus na obra da construção do mundo.
Todo trabalho do homem, qualquer que seja, é uma continuação da própria atividade criadora de Deus, e isto é uma grande honra para nós. E Deus derrama sua graça sobre aquele que trabalha com diligência (atividade vigorosa). Este caminha para a perfeição. O trabalho traz para o homem uma misteriosa e agradável recompensa que ninguém e nada pode tirar.
Esta reflexão nos deixa ver o perigo da preguiça, que joga por terra toda a riqueza da dignidade do trabalho.
Nenhum bem valioso, e nenhuma virtude autêntica, podem ser conquistadas sem a paciência e diligência do trabalho. Lamentavelmente criou-se também entre nós católicos a triste cultura de ganhar a vida na sorte, recorrendo-se ás “senas” milionárias, e as loterias alienantes. Esta não é a vontade de Deus para o homem sobre a terra. “Ganharás o teu pão com o suor do teu rosto”, “quem não quiser trabalhar, que não coma”, esta é a lei santa, severa e redentora de Deus.
Querer viver sem trabalhar é como desejar a própria maldição nesta vida. Nos momentos mais críticos da vida é o trabalho a tábua da salvação para todos nós. Isto não quer dizer, que não temos o direito de descansar, de tirar nossas férias; pelo contrário devemos usufruir bem destes períodos, aliás bem merecidos.
Facilmente percebemos quantos males sociais advém do ócio e da preguiça. Para compreendermos a sua gravidade, e porque ela é classificada como pecado capital, temos que entender a dignidade e importância do trabalho humano no plano de Deus.
São Paulo disse aos tessalonicenses: “Procurai viver com serenidade, trabalhando com vossas mãos, como vo-lo temos recomendado. É assim que vivereis honrosamente em presença dos de fora e não sereis pesados a ninguém.” (1Tes 4, 11-12)
O Papa João XXIII, o gigante do Concílio Vaticano II, disse certa vez: “O trabalho deve ser concebido e vivido como vocação e missão, como tributo á civilização humana”.
A partir destes ensinamentos começa a ficar claro porque a preguiça é um pecado perigoso.
A maior parte da nossa vida se passa no trabalho de cada dia; seja ele braçal ou mental, doméstico ou empresarial, profissional ou particular. E o trabalho foi colocado nas nossas vidas por Deus, como um meio de santificação. Por isso é um grave engano, ter uma visão distorcida do trabalho e tentar fazer de tudo para se ver livre dele. Lembre que até o próprio Jesus, trabalhou anos como carpinteiro.
E a preguiça causa: desobediência, desleixo, desânimo, etc..e isto causa prejuízo a pessoa, para a família, a comunidade e para a sociedade.
Quanta sujeira causada pela preguiça, quantas enfermidades são frutos da preguiça..Há pessoas que não tomam banho por preguiça, que não limpam suas casas por preguiça, que vivem no desleixo, que se tornam até vagabundos por preguiça. Que não educam os filhos por preguiça, pessoas que não estudam por preguiça..se formos ver a lista é enorme, dos males causados pela preguiça.
Gente lutemos com a força do trabalho diligente para combater a preguiça e seus frutos.
Bom, com este tema encerramos a série dos pecados e virtudes capitais, foi um ensino proveitoso e abençoado. Até a próxima edição, onde iniciaremos uma nova série. Até lá!!
Deus abençõe você!!
Silvia Helena
Coordenação de Formação da Região Bonfim